Em linha com outros aplicativos de mídias sociais, o Twitter anunciou a liberação do recurso de legenda automática para vídeos.

A atualização será integrada à plataforma nos próximos dias, começando nesta terça-feira (14), e deve chegar aos usuários globalmente e de forma gradual.

De acordo com informações da empresa, o recurso estará disponível tanto para usuários de iOS quanto Android, além da versão web na “maioria dos idiomas”.

Dentre as línguas que foram anunciadas para este primeiro momento estão: árabe, chinês, espanhol, hindi, inglês, japonês e tailandês. Mas a expectativa é de que mais idiomas sejam incluídos ao longo do tempo.

Apesar da iniciativa ser uma boa notícia, em especial em termos de melhorias de acessibilidade, ainda há um grave porém: as legendas serão liberadas apenas nos vídeos novos. Dessa forma, as publicações antigas permanecerão sem as transcrições.

A plataforma ainda também não mostra maneiras de notificar legendas incorretas ou inadequadas, segundo afirmou um porta-voz do Twitter ao The Verge.

Facebook e Twitter

Outras redes sociais já incluem o mesmo recurso, mas ainda há muito a ser feito em termos de acessibilidade – Imagem: Pixabay

 

Outras plataformas com legenda automática

O Twitter não foi o primeiro a liberar o recurso para legendar vídeos automaticamente.

Em maio deste ano, o Instagram havia anunciado um sticker que permite aos usuários gerar uma transcrição do que é dito nos vídeos dos Stories e clipes no Reels postados pelos usuários da rede social. O recurso já estava disponível anteriormente para usuários do IGTV.

Um pouco antes disso, em abril, a mídia concorrente TikTok também havia anunciado a legendagem para a sua plataforma.

 

Sites, redes sociais e a acessibilidade no Brasil

Não é de hoje que a Internet luta por acessibilidade. Segundo dados de um levantamento realizado pela BigDataCorp, em parceria com o Movimento Web para Todos, dos sites ativos no Brasil até à data da pesquisa, em julho, foram identificados que menos de 1% deles eram plenamente acessíveis.

Ao todo, a pesquisa de 2021 analisou 16,89 milhões de páginas online, número 15,29% maior em comparação com o montante existente na edição de 2020 da pesquisa. No ano passado também, o número de sites acessíveis era ainda menor: 0,74%.

O levantamento analisa a experiência de uso de sites e aplicativos por pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. O resultado mostra uma realidade ainda muito distante para a acessibilidade: “ainda estamos muito longe do ideal”, afirma Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp. “As empresas se preocupam tanto com a experiência de clientes em seus sites e blogs, mas esquecem de se preocupar com a acessibilidade de pessoas com algum tipo de deficiência e que acabam por ter uma péssima experiência.”

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