Após muita especulação sobre o que aconteceria em relação à aquisição da Giphy pela Meta (ex-Facebook), a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido definiu que o negócio deverá ser desfeito – movimento que ocorre um ano e meio depois do anúncio da compra.

Em um comunicado, a CMA afirmou que tomou a decisão após sua investigação definir que a aquisição por parte da Meta poderia prejudicar a concorrência entre plataformas de mídia social – como o TikTok e o Snapchat, que também usam o Giphy.

De acordo com o órgão regulador, a questão só poderia ser resolvida caso o Giphy fosse vendido para “um comprador aprovado”. “O vínculo entre Facebook e Giphy removeu um potencial adversário do mercado de publicidade gráfica”, disse o CMA em referência à Meta.

“Isso permitirá que o Facebook aumente ainda mais seu poder de mercado nas mídias sociais por meio do controle do acesso dos concorrentes aos GIFs do Giphy. Ao exigir que a empresa venda o Giphy, estamos protegendo milhões de usuários de mídia social e promovendo a concorrência e a inovação na publicidade digital”, completa.

Giphy

Imagem: Giphy/Divulgação

Em resposta à decisão, Robin Koch, diretor de comunicações políticas da Meta na União Europeia, disse que a empresa considera todas as opções – inclusive entrar com um recurso.

“Tanto os consumidores quanto o Giphy estão em melhor situação com o suporte de nossa infraestrutura, talento e recursos. Juntos, Meta e Giphy iriam aprimorar o produto para milhões de pessoas, empresas, desenvolvedores e parceiros no Reino Unido e ao redor do mundo que usam o Giphy todos os dias”, disse Koch ao The Verge.

A empresa ainda afirma que a decisão da CMA está “enviando uma mensagem assustadora para os empreendedores iniciantes: não crie novas empresas porque você não será capaz de vendê-las”.

Meta seria a salvadora do Giphy?

Desde sua fundação, a Giphy conseguiu levantar US$ 150 milhões. No entanto, não obtinha lucros antes de sua aquisição e, segundo relatos, estava ficando sem dinheiro. O valor do negócio fechado com a Meta foi de US$ 315 milhões, menor do que a avaliação feita por investidores – isso, em teoria, seria sinal dos problemas financeiros.

A investigação da CMA, que ainda está em andamento e cabe recurso, faz parte de uma onda de escrutínio às aquisições de grandes empresas de tecnologia no último ano e surgiu na época em que a Meta foi capaz de comprar o Instagram, WhatsApp e Oculus sem muitos problemas.

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