Todos os componentes têm sua importância na hora de montar um PC e todos eles são necessários para o funcionamento da máquina. A placa-mãe é quem acomoda todos eles diretamente, como CPU e placa de vídeo, e indiretamente, como a alimentação vindo da fonte e o armazenamento através de conexões SATA.

Falaremos sobre a importância da placa-mãe neste guia, além de ajudá-lo a escolher o melhor modelo para comprar.

O que é uma placa-mãe e sua importância

A placa-mãe também é chamada de placa principal em inglês (“mainboard”) e esse nome vem exatamente porque, sem ela, não é possível montar um PC.Todos os componentes do computador são conectados a essa placa, além de comportar muitas das outras peças diretamente.

Através do socket, o processador é encaixado com seu cooler; a memória RAM vai exatamente em seus slots; a placa de vídeo é acomodada em um slot PCIe; HDDs e SSDs SATA são conectados através das portas de mesmo nome, e SSDs NVMe (M.2) contam com um slot na própria placa-mãe; o cabo com maior fornecimento de energia (24 pinos) da fonte de alimentação vai direto na mainboard; todas as fans são ligadas diretamente nela ou indiretamente através de um Hub.

Guia completo sobre placa-mãe

Sabendo que cada componente vai nessa peça fundamental, é preciso também ter em mente as devidas compatibilidades. Existem diferentes sockets para CPUs AMD e Intel, tecnologias de memória RAM como DDR4 e DDR5 e gerações de PCIe e SATA. Ter o conhecimento dessas variáveis é extremamente importante para escolher os outros componentes.

Tipos de Placas Mãe

É importante ter em mente também os diferentes formatos de placas-mãe. Atualmente, são quatro tamanhos diferentes no mercado doméstico e, geralmente, quanto menor o tamanho, menos conexões e slots esse componente oferece.

ATX

Esse é o formato mais comum disponível no mercado. Medindo cerca de 30 cm x 24 cm, uma placa-mãe ATX oferece quatro slots de memória RAM, mais conexões PCIe para placas de vídeo e M.2 para SSDs NVMe, além de uma quantidade maior de portas SATA. Costuma ser equipado com VRMs mais potentes e dissipadores de calor mais arrojados, mas isso também depende do chipset.

 

Esse tamanho de placa cabe facilmente nos gabinetes mais comuns encontrados no mercado, mas para quem quer algo mais compacto, precisa ir com o formato seguinte.

M-ATX

Micro ATX é uma placa-mãe ATX, mas menor e em um formato quadrado, medindo 24 cm x 24 cm. Por perder cerca de 5 cm de comprimento em relação ao formato maior, esse tipo de placa oferece menos conexões, principalmente PCIe e SATA.

Esses modelos de placa-mãe também podem ter VRMs menos robustos, limitando o overclock de processador, por exemplo. Dependendo do chipset, alguns modelos vêm com somente dois slots de memória RAM. Sua vantagem é caber em qualquer gabinete torre sem dificuldades.

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Mini-ITX

O menor dos formatos, geralmente medindo 17 cm x 17 cm. As placas-mãe Mini-ITX são realmente limitadas em quase todos os aspectos. Conexões como portas SATA, PCIe e slots de memória RAM, todos são reduzidos. Por ser consideravelmente menor que os outros formatos, tem menos estrutura para comportar mais VRMs e seus dissipadores, o que limita a operação de CPUs mais potentes.

Ele é voltado para mini PCs, sendo possível montar máquinas realmente pequenas, mas ainda comportando, por exemplo, placas de vídeo com duas fans.

E-ATX

Esse é o formato para entusiastas e o mais difícil de ser encontrado. Placas-mãe E-ATX são maiores que as ATX, não cabem em qualquer gabinete por medirem cerca de 30cm x 33cm  e são mais caras.

A vantagem de placas nesse formato é que normalmente elas são equipadas com o que existe de melhor. Suas conexões PCIe oferecem mais capacidade de transferência de dados em todos os slots comparado com os outros formatos. Assim, é possível usar múltiplas placas de vídeo sem muita perda de desempenho. Por ter mais espaço, elas têm sistema de distribuição de energia e dissipação de calor mais robustos.

Já em relação às fabricantes, nem todas as marcas oferecem todos os tamanhos mencionados acima, mas nomes como ASUS, Asrock, Gigabyte e MSI sempre oferecem modelos ATX e M-ATX; já mini ITX e E-ATX são mais difíceis de serem encontradas.

Como escolher a placa-mãe ideal

O fator determinante na escolha de uma placa-mãe é o processador. Primeiramente, o usuário precisa saber qual marca usará: AMD ou Intel. Depois disso, é preciso escolher o modelo do processador com base em sua necessidade. Feito isso, já é possível saber se precisará escolher uma placa-mãe mais voltada para desempenho e economia, além do soquete e chipset ideais.

Caso opte por uma CPU AMD, deverá escolher placas-mãe com socket AM4 (Ryzen 5000) ou AM5 (Ryzen 7000, 8000 e 9000). Do lado da Intel, temos os sockets mais atuais LGA-1700 (Core de 13ª e 14ª gerações) e LGA-1851 (Core Ultra 200). Quanto mais alto o nível do processador, melhor deve ser o chipset; e quanto maior o nível, mais tecnologias atuais, melhor fornecimento de energia para o processador e estrutura a placa terá.

As considerações acima são as principais. O que vem depois deve ser baseado na escolha desses dois componentes, como memória RAM (DDR4 ou DDR5), armazenamento (SATA ou M.2) e placa de vídeo. Por último, mas não menos importante, vem o gabinete, que precisa comportar a placa-mãe no formato escolhido.

Guia completo sobre placa-mãe

  1. Conector de energia da CPU
  2. VRMs
  3. Dissipador de VRMs
  4. Slot PCIe
  5. Slots M.2
  6. Socket de CPU
  7. Slots de memória RAM
  8. Conexão 24 pinos
  9. Chipset e seu dissipador de calor
  10. Portas SATA
  11. USB 3.0
  12. Conexões do painel frontal do gabinete

Chipsets são parte importante na escolha

Mencionamos o chipset na escolha de uma placa-mãe, mas vamos nos aprofundar um pouco mais nesse elemento agora. Cada nova geração de processadores implica em mudanças nos chipsets. Geralmente, são três níveis por parte da AMD e Intel: de entrada, intermediário e high-end.

Quanto maior o nível, mais a placa-mãe oferece — e mais cara ela será. Na AMD, as letras são X, B e A. Já do lado da Intel, a ordem fica Z, H e B. Os números que acompanham essas letras podem mudar a cada nova geração, por isso é sempre bom consultar os sites oficiais das fabricantes.

As placas-mãe com chipset high-end contam com melhor distribuição de energia, componentes de maior qualidade e mais portas e slots (USB, SATA, RAM, PCIe, entre outros) para conectar outros componentes.

Não existe necessariamente uma limitação por parte do chipset em relação ao processador. Porém é bom ter em mente que acomodar uma CPU topo de linha em uma placa-mãe de entrada não é o ideal, já que, geralmente, processadores mais fortes exigem um volume de energia que as fases das placas-mãe mais simples não conseguem fornecer.

Já o contrário, uma placa-mãe com chipset topo de linha e um processador de entrada, não acarreta em nada. O mesmo acontece com placas de vídeo: basta conectá-las no primeiro slot PCIe, que oferece maior velocidade, e não terá nenhum problema.

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Dúvidas frequentes

Conexão Wi-Fi em placa-mãe

Normalmente, as placas-mãe vêm com a conexão Ethernet no painel traseiro para internet via cabo RJ-45. Caso queira usar o PC com conexão sem fio, geralmente é necessário a aquisição de um adaptador separado. Porém alguns modelos oferecem essa possibilidade nativamente com uma antena para Wi-Fi. É sempre bom ficar de olho nessa questão na hora de escolher o modelo.

Compatibilidade com placa de vídeo

Essa questão, geralmente, não é um problema. As placas-mãe atuais vêm com PCIe 4.0 e, dependendo do chipset, até 5.0. Sobre isso, o máximo que é preciso ficar de olho é o chipset escolhido, já que quanto maior o nível, mais linhas PCIe ela terá, oferecendo o cenário ideal para a GPU operar no máximo desempenho. Porém isso não é algo que limita o PC em jogos de forma considerável, por exemplo.

VRMs são importantes na hora de escolher a placa-mãe?

Sim, dependendo do processador e placa de vídeo escolhidos. Os módulos reguladores de tensões (VRM em inglês), são responsáveis pela qualidade e força na distribuição de energia da placa-mãe e tudo o que está ligado nela, especialmente o processador. Quanto mais desempenho você quer de sua máquina, precisa considerar modelos de placa-mãe que ofereçam mais fases e dissipação de calor, já que os VRMs esquentam bastante.

Conclusão

A placa-mãe desempenha um papel central na montagem e no desempenho de um computador, servindo como o alicerce que interliga todos os componentes. Compreender as diferentes características, como os formatos (ATX, M-ATX, Mini-ITX e E-ATX) e a importância do chipset, é fundamental para garantir a compatibilidade e a eficiência do sistema.

A escolha adequada da placa-mãe não apenas assegura a instalação correta de CPUs, memórias e dispositivos de armazenamento, mas também influencia diretamente na capacidade de expansão e no potencial de overclocking do computador.

Além disso, a escolha do modelo ideal deve considerar fatores como o socket da CPU, a geração das tecnologias de memória RAM e as interfaces de conexão disponíveis. É imprescindível equilibrar as necessidades do usuário com as especificações técnicas da placa-mãe, garantindo que todos os componentes trabalhem em harmonia. 

As placas-mãe de diferentes tamanhos oferecem quantidades diferentes de conexões e recursos, permitindo que o usuário adapte sua escolha de acordo com o espaço disponível no gabinete e as demandas de desempenho desejadas.

A atenção aos detalhes, como a qualidade dos VRMs e a presença de recursos adicionais como conectividade Wi-Fi, pode fazer a diferença na estabilidade e na durabilidade do computador. Ao seguir as diretrizes deste guia, você estará mais preparado para decidir qual placa-mãe comprar.

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