Os servidores do Banco Central (BC) aderiram a uma greve de 24 horas nesta quinta-feira (11). A ação não só deve interromper manutenções, projetos da autarquia e atendimento ao mercado e ao público, como pode provocar um “apagão” generalizado em todos os serviços.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal) afirma que mais de 70% dos funcionários devem participar da greve, que foi motivada pela insatisfação dos servidores quanto a “concessões assimétricas” oferecidas a outros cargos do funcionalismo do Brasil.

Greve de servidores do Banco Central

Imagem: divulgação/Sinal

A classe luta por ações como criação de uma retribuição por produtividade institucional, exigência de nível superior para o cargo de técnico, reajuste nas tabelas de remuneração e mudança do nome do cargo de analista para auditor.

Contudo, há um entendimento de que servidores do Banco Central foram deixados “de lado” na lei orçamentária de 2024 e LDO, enquanto auditores fisicais da Receita Federal e da Polícia Federal usufruem de mais benefícios.

“Os servidores reivindicam uma discussão mais ponderada e equitativa sobre propostas de grande magnitude que afetam diretamente a instituição e sua relação com autoridades do governo e agentes do mercado. A greve, segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad, reforça a importância do diálogo e da equidade na condução de decisões impactantes para os servidores e a estabilidade do país”, disse o Sinal, em nota.

Além disso, Faiad sugere um desconforto com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. Segundo o presidente do Sinai, Neto se comporta como um “autocrata” que tenta corrigir diferenças salariais na cúpula do órgão retirando servidores do teto constitucional.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Também discute-se a entrega de cargos comissionados a partir da primeira quinzena de fevereiro. E caso isso aconteça, toda a estrutura do Banco Central pode travar, já que haverá carência de gestores e coordenadores para assinaturas e autorizações de execuções de serviços.

Greve do Banco Central não inabilitará Pix

Como consequência da greve, serviços de manutenção rotineira do Pix não devem ser realizados. A expectativa é que a paralisação também impacte a conclusão de alguns projetos em curso, como o Drex — a futura versão digital do real brasileiro.

Cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações também são esperadas. Mas para a alegria dos brasileiros, não haverá interrupção do Pix.

Via: Folha de S. Paulo e UOL

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