A empresa de monitoramento fitness, adquirida pelo Google em janeiro de 2021, foi processada na terça-feira (29) pelo grupo de ativistas de direitos digitais Noyb (None Of Your Business) por violar regras da General Data Protection Regulation (GDPR).

De acordo com o grupo fundado pelo ativista de privacidade Max Schrems, responsável por milhares de ações contra companhias da Big Tech, bem como as maiores multas aplicadas contra Alphabet e Meta, a Fitbit força os usuários de seus produtos a consentir a transferência de dados para fora das fronteiras europeias, sem a possibilidade retirá-las — o que viola a lei de proteção de dados europeia.

As pulseiras inteligentes de monitoramento da Fitbit coletam dados como batimento cardíaco e atividade de sono dos usuários, ainda oferece uma assinatura do serviço a partir de US$ 9.99 mensais.

Fitbit do Google viola regras da GDPR, diz queixa aberta por grupo ativistas de diretos digitais

Imagem: Raysonho @ Open Grid Scheduler / Grid Engine, CC0, via Wikimedia Commons

“Considerando que a empresa coleta os dados de saúde mais confidenciais, é surpreendente que ela nem mesmo tente explicar o uso desses dados, conforme exigido por lei”, disse Bernardo Armentano, advogado de proteção de dados da Noyb.

Grupo pede que Fitbit compartilhe dados obrigatórios sobre transferência de dados com usuários

Violar regras da GDPR pode custar 4% da sua receita anual global de uma empresa. Para se ter um parâmetro, a receita anual do Google foi de US$ 280 bilhões em 2022. Se multado, a penalidade ultrapassaria os US$ 11 bilhões.

Fitbit do Google viola regras da GDPR, diz queixa aberta por grupo de diretos digitais

Imagem: Randy Miramontez/Shutterstock.com

Na queixa registrada, o grupo de defesa reivindica que a Fitbit seja forçada a compartilhar todas as informações obrigatórias sobre as transferências de dados com seus usuários, permitindo a eles o uso do aplicativo sem a necessidade desse tipo de consentimento.

Embora a GDPR permita que cada pessoa retire tal autorização, a política de privacidade da Fitbit informa que a única maneira para isso é excluir a conta, o que resultará na perda dos dados de treinos e saúde rastreados, questionou o grupo de ativistas Noyb.

Via Reuters

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