A Rovio, publisher finlandesa famosa pela franquia Angry Birds, foi oficialmente comprada pela SEGA, dona de nomes como Sonic e Yakuza. O acordo havia sido originalmente proposto em abril deste ano e, de acordo com uma publicação postada no perfil da japonesa no X (ex-Twitter), foi completada hoje, 18.

Avaliado em € 706 milhões (pouco mais de R$ 3,81 bilhões), o acordo é de uma natureza que especialistas econômicos conhecem como “Tender Offer”. Essencialmente, é uma oferta pública voltada a empresas que desejam encerrar sua listagem em alguma ou algumas Bolsas de Valores. Pense nisso como o oposto ao “IPO”.

“Bem-vinda à família SEGA, Rovio! Estamos muito empolgados para celebrar a Rovio como parte do grupo SEGA. Prepare-se para grandes aventuras a vir!”

Na época de formalização da proposta, a SEGA havia afirmado que a Rovio manifestou um desejo de deixar a Bolsa, ao mesmo tempo em que buscava aliar-se a alguma marca do setor para ampliar seu escopo de atuação – majoritariamente, a finlandesa é conhecida como um player majoritário no mercado de jogos mobile.

A SEGA veio para preencher essa lacuna e, conforme ela própria afirma, recebe em troca a “expertise da Rovio no campo dos serviços em tempo real” (live service) e a capacidade de afirmar uma presença mais notável no mercado dos smartphones.

Vale lembrar que, segundo a 10ª edição da Pesquisa Games Brasil, mais de 51% dos brasileiros preferem os smartphones para curtirem seus jogos eletrônicos, embora, no entanto, a inflação tenha levado a uma desaceleração.

O CEO do grupo SEGA Sammy, Haruki Satomi, chegou a afirmar, em abril:

“Eu me sinto abençoado por poder anunciar uma transação com a Rovio, a empresa dona de Angry Birds, um jogo amado por todo o mundo, além de ser a casa de vários profissionais capacidades que apoiam o desenvolvimento de liderança da companhia no mercado de jogos mobile.

Historicamente, representada pela série Sonic the Hedgehog, a SEGA lançou incontáveis jogos em várias plataformas de jogos. Estou confiante que, por meio da combinação das marcas de ambas as empresas, seus personagens, fãs e cultura corporativa, teremos uma sinergia significativa ao levarmos isso adiante.”

Não foi discutido se a marca Rovio deixará de existir ou se todos os seus funcionários serão absorvidos pela SEGA, mas se o histórico desse tipo de transação, neste mercado, for qualquer indício, é provável que a finlandesa continue operando normalmente, com um orçamento próprio, sem mudança em relação ao que vinha fazendo antes.

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