Os smartphones se tornaram peça importante em nossa sociedade. Seja para comunicação, fazer compras e até para entretenimento. No entanto, segundo a ONU, os benefícios dos aparelhos celulares não se estendem para todos.

Em uma pesquisa divulgada pela Unesco, a agência da ONU para educação, ciência e cultura, há evidências de que o uso excessivo de celulares pode estar relacionado à redução do desempenho educacional de crianças.

Por conta disso, eles recomendam que os smartphones sejam banidos das escolas como forma de combater ativamente as interrupções de aulas, proteger as crianças do cyberbullying e, por fim, para melhorar o aprendizado.

De acordo com o que foi apurado, os altos níveis de tempo de tela têm um efeito negativo na estabilidade emocional das crianças, causando problemas de aprendizado e outras questões que podem afetar seu desenvolvimento.

Portanto, o pedido da ONU chega como uma mensagem dizendo que a tecnologia deve ser uma adição à “visão centrada no ser humano” em relação à educação, e não um substituto para a interação direta com figuras de aprendizado, como os professores, por exemplo.

“A revolução digital tem um potencial imensurável, mas, assim como foram feitas advertências sobre como ela deve ser regulamentada na sociedade, atenção semelhante deve ser dada à forma como é usada na educação”, disse Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco.

Ela ainda diz que o uso excesso ou inadequado da tecnologia por parte dos alunos pode resultar em distrações, perturbações e ter um impacto majoritariamente negativo na aprendizagem.

Smartphone também pode abrir portas

Smartphones iPhone

Imagem: Arnel Hasanovic/Unsplash

Mesmo com toda a problemática, a tecnologia pode oferecer oportunidades de aprendizagem para milhões de pessoas – embora sua distribuição seja feita de forma desigual, já que muitas pessoas do mundo são excluídas por não possuir condições de se conectar.

Além disso, a ONU admitiu que, durante o período da pandemia, o ambiente online “impediu o colapso da educação”. Estima-se que mais de um bilhão de estudantes no mundo mudaram para o modo online para aprender – porém, também foi dito que muitos estudantes pobres continuaram sem estudar.

Locais que proibiram o uso de smartphones

Imagem foca em uma mão segurando um smartphone, ao lado aparecem algumas pessoas borradas

Imagem: ROBIN WORRALL/Unsplash

Segundo a Unesco, após analisar 200 sistemas educacionais, um em cada quatro países proibiu smartphones nas escolas, seja por lei ou orientação.

Um desses locais é a França, que implementou a prática em 2018. Outros lugares que fizeram o mesmo são Holanda e Reino Unido.

Esse último, inclusive, conta com políticas rígidas para uso dos celulares nas dependências das escolas – embora a maioria das regras esteja a critério de cada instituição de ensino.

De qualquer forma, Geoff Barton, secretário-geral da Association of School and College Leaders – uma espécie de sindicato para líderes de escolas e faculdades -, disse que “proibir totalmente os telefones celulares das instalações escolares levantaria algumas preocupações práticas, por exemplo, para os pais que desejam entrar em contato com seus filhos. Alguns alunos também usarão telefones como métodos de pagamento no transporte público”.

Porém, ele reconhece que as preocupações levantadas são legítimas, incluindo o “cyberbullying, o impacto do tempo prolongado de tela na saúde mental e a falta de regulação de grandes empresas de tecnologia”.

Via: The Guardian

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