No começo desta semana, a Microsoft parecia ter vencido a batalha contra a Comissão Federal do Comércio (FTC), que tentava impedir que a empresa comprasse a Activision Blizzard por US$ 69 bilhões.

Eis que, como última tentativa, a FTC entrou com um recurso para tentar obter uma medida cautelar que impedisse o negócio de ser fechado. Como justificativa, o órgão afirmou que a juíza Jacqueline Scott Corley, que já havia dado sinal verde para a fusão, cometeu “erros fundamentais” em sua decisão.

“Este caso é mais do que um único videogame e o hardware do console para jogá-lo. É sobre o futuro da indústria de jogos. O que está em jogo é como os jogadores do futuro jogarão e se os mercados emergentes de assinatura e nuvem se transformarão em jardins murados concentrados ou evoluirão para cenários abertos e competitivos”, argumentou a FTC.

No entanto, três juízes do 9º Circuito de Apelações dos EUA concluíram que não havia motivos para emitir uma ordem que impedisse a compra de ser finalizada.

Por conta disso, agora, o caminho está totalmente livre para a aquisição da Activision Blizzard nos Estados Unidos. “Isso nos aproxima mais um passo da linha de chegada desta maratona de análises regulatórias globais”, disse Brad Smith, presidente da Microsoft.

Último obstáculo da Microsoft

Imagem mostra smartphone com logotipos do Xbox (Microsoft) e Activision, e ao fundo, várias notas de dólares americanos

Imagem: FellowNeko/Shutterstock

Agora, antes do negócio ser fechado por completo, o Reino Unido precisa aprovar a fusão. Felizmente, após toda a novela norte-americana, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido concordou em interromper a batalha legal para que uma solução seja planejada e oferecida.

Porém, o órgão citou que as negociações ainda estão em estágios iniciais, e que, dependendo do que for apresentado, uma “nova investigação de fusão” será iniciada, o que pode atrapalhar os planos da Microsoft, que planejava oficializar tudo até 18 de julho.

Caso isso não aconteça até a data estabelecida, a Microsoft pode ser obrigada a renegociar seus termos com a Activision Blizzard, pagar US$ 3 bilhões como multa pelo acontecido ou simplesmente estender o prazo do acordo se ambas as partes concordarem.

Para apertar ainda mais a situação, a CMA emitiu um aviso de extensão para publicar o resultado de sua investigação, algo que, agora, pode vir até 29 de agosto.

A decisão de estender o prazo da CMA veio horas depois que surgiu um rumor de que a Microsoft estaria supostamente interessada em vender os diretos dos jogos em nuvem no Reino Unido para uma empresa de telecomunicações, jogos ou internet.

Via: The Verge

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