[Preview] Lysfanga: The Time Shift Warrior é a filha de Hades com Prince of Persia

O estúdio francês Sand Door Studio e a publisher Quantic Dream (de Heavy Rain, Beyond: Two Souls e Detroit: Become Human) anunciaram durante o Summer Game Fest Live o game Lysfanga: The Time Shift Warrior.

Em meio a uma apresentação recheada de trailers exibidos um atrás do outro e que tem como premissa gerar publicidade, hype e entretenimento ao público — e por esta razão, grande parte dos espectadores se perde em meio a expectativas irreais —, talvez Lysfanga: The Time Shift Warrior não tenha recebido a devida atenção que merece.

Felizmente, o game estava disponível no Play Days para testes e, em poucos minutos, se provou ser um dos jogos mais promissores de todo o evento. Eis a prévia do blog KaBuM!.

O exército de uma mulher só

O projeto é descrito pelos desenvolvedores como um hack ‘n’ slash tático, mas eu diria que o game vai muito além. Imagine um casamento entre os aclamados Hades e Prince of Persia: Sands of Time. O fruto desta união certamente seria Lysfanga: The Time Shift Warrior.

Resumidamente, o jogo conta com uma visão over the top das áreas e a personagem titular pode rebobinar o tempo e utilizar clones seus para lutar contra hordas de monstros e salvar o reino de Antala.

Agora a explicação detalhada: a heroína Imë, uma Lysfanga, foi abençoada pela Deusa do Tempo e ganhou poderes incríveis. Ela é capaz de rebobinar o tempo e consegue invocar clones de si mesma, os quais são chamados de vestígios.

Durante os combates, os inimigos costumam ficar espalhados pelas arenas e, antes da ação começar, o jogador pode visualizar toda a área para traçar rotas e estratégias. Após essa etapa, a batalha enfim começa e um contador fica em evidência no centro da tela.

É necessário prosseguir abatendo o máximo de inimigos possíveis antes que o contador de tempo chegue ao zero. Quando isso acontecer, Imë morre e o tempo é imediatamente rebobinado.

Após retornar para o ponto inicial da batalha, o vestígio da heroína vai repetir as ações da tentativa anterior, permitindo que sua versão atual possa seguir outra rota, abatendo assim mais inimigos.

Quanto maior a arena e a quantidade de inimigos, mais tentativas (ou vestígios) o jogador ganha para conseguir concluir a missão de limpar a área. Além disso, não existe uma fórmula correta a se seguir: o jogador pode adaptar suas estratégias em tempo real se assim quiser. O importante é combinar todas as ferramentas que estiverem ao seu alcance para vencer, incluindo vestígios, armas e feitiços.

Frenético e estratégico

Não ache que o conceito acima se repete dessa mesma maneira em todas as arenas, até porque o game tem exploração com caminhos alternativos e segredos para desvendar. Os combates, por sua vez, acontecem em segmentos específicos do mapa.

Além disso, algumas arenas de batalha exigem que o jogador desative armadilhas, barreiras mágicas e/ou confronte inimigos que precisam ser derrotados em conjunto com os vestígios de Imë.

Na demonstração disponível no Play Days, por exemplo, as arenas apresentavam gradualmente novos desafios para superar, além de inimigos espalhados pelo cenários para se derrotar.

Havia um inimigo específico na versão de testes que se conectava à sua contraparte por meio de um cordão mágico, e ambos precisavam ser derrotados ao mesmo tempo. Para isso, precisei deixar um vestígio de Imë atacando uma das partes, e posicionei outro vestígio para cuidar da que sobrou.

Em outra arena, mais um desafio: uma barreira mágica que deveria ser desativada. No campo de batalha seguinte, um novo tipo de inimigo, maior e com um escudo impenetrável — e para derrotá-lo era preciso distraí-lo com um vestígio de Imë pela frente e atacá-lo por trás com outro vestígio.

Vale mencionar que, além de utilizar diferentes armas, Imë também pode usar magias à distância (na demonstração apenas uma estava disponível) e, claro, rebobinar o tempo caso a estratégia não esteja funcionando conforme previsto.

A versão de testes serviu basicamente para conhecer as mecânicas e os desafios, além de dar uma noção sobre a exploração por meio do mapa e suas arenas. Infelizmente não havia personagens secundários para interagir, e tampouco chefões para enfrentar.

Ainda assim, os desenvolvedores confirmaram que a versão final do jogo contará com muitos diálogos, interações e missões secundárias de NPCs, e batalhas contra chefões. Honestamente, mal posso esperar para colocar as mãos neste game quando ele for lançado, pois a breve experiência durante o Play Days foi o bastante para me deixar fascinada.

Os conceitos conversam perfeitamente bem com as mecânicas e a movimentação é fluída enquanto a ação é frenética e ao mesmo tempo estratégica. Por fim, vale mencionar que Lysfanga: The Time Shift Warrior será lançado com legendas em português brasileiro.

A história de Lysfanga: The Time Shift Warrior

O reino de Antala viveu em paz por meio milênio, mas eis que um novo perigo surge. Resta à Imë, a Lysfanga do Novo Reino e protetora do mundo, impedir que um antigo mal se espalhe pelas cidades ancestrais, que anteriormente estavam bloqueadas no tempo e agora estão novamente livres — ameaçando a paz.

 Felizmente, Imë não está sozinha. Após ter sido abençoada com poderes do tempo oferecidos pela própria Deusa do Tempo, ela ganha a capacidade de rebobinar o tempo em combate para invocar clones (ou vestígios) seus. Assim, ela consegue lutar contra hordas de demônios conhecidos como Raxes.

Lysfanga: The Time Shift Warrior

tem previsão de lançamento para 2023 e chegará para PC via Steam e Epic Games Store.