Descoberto há 122 anos, um “computador” – se assim o podemos chamar – de mais de 2.000 anos intriga a comunidade científica desde sua descoberta. O dispositivo, carinhosamente apelidado de “primeiro computador” é um calendário astronômico encontrado em um naufrágio grego em 1901.

Segundo os pesquisadores envolvidos com a tecnologia centenária, o calendário é um instrumento manual de cronometragem, que usa um sistema de cordas para rastrear o Sol, a Lua e até o tempo celestial dos planetas. Complexo!

“primeiro computador” é um calendário astronômico encontrado em um naufrágio grego em 1901

Imagem: reprodução / Nature.com

Ao acompanhar a Lua, o tal “computador” é capaz ainda de acompanhar as fases do satélite natural da Terra e até mesmo o tempo dos eclipses. Definitivamente, uma peça complexa de tecnologia que “quebrou” a cabeça de muitos cientistas.

Ainda que um relógio de corda pareça algo bastante simples para a maioria de nós, os mecanismos usados nesse “primeiro computador” estavam bem à frente de seu tempo. De fato, o calendário astronômico de mais de 120 anos é tecnicamente mais sofisticados do que qualquer outra ferramenta descoberta nos último milênio.

Se não bastasse sua complexidade, infelizmente, o dispositivo está separado em 82 fragmentos no momento – um terço de sua estrutura original continua perdida.

“primeiro computador” é um calendário astronômico encontrado em um naufrágio grego em 1901

Imagem: reprodução

Primeiro computador é uma “criação genial”

Na composição atual, o artefato contém 30 rodas dentadas de bronze corroídas, o que o impossibilita de voltar a funcionar. Mas para tentar enxergar melhor o dispositivo, estudiosos da University College London usaram um sistema de modelagem 3D para resolver o mistério e descobrir como o “primeiro computador” da história realmente funcionava.

“primeiro computador” é um calendário astronômico encontrado em um naufrágio grego em 1901

Imagem: reprodução / Nature.com

De acordo com a pesquisa, este primeiro computador foi uma “criação genial”. Os pesquisadores analisaram o dispositivo em detalhes a partir da modelagem 3D e o descreveram em um artigo recém-publicado na Scientific Reports.

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