[Review] Horizon Burning Shores é a expansão perfeita para continuar a história de Aloy
Em Burning Shores, Aloy vai explorar uma Los Angeles pós-apocalípticaBy - Luiz Nogueira, 27 abril 2023 às 17:22
Horizon Forbidden West chegou em fevereiro de 2022 e, desde então, foi responsável por cravar Aloy no rol de personagens mais importantes da Sony. Na ocasião, analisamos o game e nosso veredito foi de que essa era uma continuação à altura do game original.
Agora, o game recebe mais conteúdo, por meio do DLC Burning Shores que, ao contrário do game base, chega apenas para o PlayStation 5. O blog KaBuM! teve acesso ao DLC e conta, em detalhes, se a expansão vale a pena e se o conteúdo é de fato importante para o universo de Horizon.
História
Horizon Burning Shores, ao contrário de Frozen Wilds – DLC do primeiro game que traz uma história secundária -, funciona como um epílogo do segundo game, expandindo a história e fazendo uma ponte com o que podem ser os acontecimentos do terceiro game – que, inclusive, já foi confirmado.
Portanto, a narrativa começa exatamente onde Forbidden West terminou. E é por conta disso, que, para acessar o DLC, é necessário um save da última missão concluída, já que, além de uma personagem bastante evoluída, é necessário saber o destino da terra pós-apocalíptica em que o game se passa.
Não darei spoilers da história, mas devo dizer que a ambientação, liberdade e a narrativa são as coisas que mais chamam a atenção aqui – além, é claro, da adição de Seyka, que se junta à Aloy logo no início da história.
Ao instalar o DLC, nossa personagem principal recebe um chamado de alguém conhecido. Essa pessoa a chama para explorar o que seria uma Los Angeles pós-apocalíptica. É aí que a aventura começa.
É possível ver pelo mapa que o conteúdo extra se passa fora do mapa de Forbidden West – e que, felizmente, é bem menor que o game original. Digo isso porque, apesar de ter amado o segundo game, a partir de certo momento, a extensão da história começa, de certa forma, a incomodar.
Essa questão não é problema para Burning Shores, já que temos cerca de dez horas de história nova, o que é suficiente para contar a narrativa e deixar esse gancho para o futuro.
No entanto, há uma coisa que me incomodou de certa forma: apesar da duração acertada, a relação de Aloy e Seyka foi meio corrida, não tivemos tempo para observar elas confiando uma na outra aos poucos.
De qualquer forma, Seyka ainda é uma das maiores e melhores adições de Burning Shores. Ela é carismática, engraçada e muito empática com todos ao seu redor.
Locomoção e exploração
Por se tratar de um mapa menor, a exploração é bastante facilitada – embora fique mais ainda com o companheiro alado que pode ser usado. Portanto, para quê andar pelos locais se podemos voar sobre eles?
Mesmo assim, por se tratar de um local rico em itens para coletar – afinal, são 10 novos níveis para evoluir Aloy -, é necessário perder algumas horas andando e verificando tudo.
Mas, além das questões da história, há algumas atividades secundárias para serem feitas, como resolver alguns puzzles espalhados pelo mapa, que garantem recursos importantes, como novos equipamentos.
O interessante é que, para quem jogou o game há algum tempo e não lembra de algumas das mecânicas, Burning Shores ajuda disponibilizando tutoriais de como usar algumas das ferramentas de Aloy.
No entanto, há algumas adições que poderiam ser usadas mais vezes, como uma arma que permite criar os próprios pontos de apoio para escalar paredes. Infelizmente, essa ferramenta fica restrita a apenas um momento da narrativa.
Combate
O combate aqui talvez seja o elemento mais familiar de todo o DLC. É necessário fazer acrobacias, escalar locais e desviar a todo momento para dar cabo das máquinas mortais presentes em Burning Shores – assim como nos dois games anteriores.
Porém, a novidade é a implementação de uma das armas dos Zeniths, que trazem mais variedade para o combate e ajudam a tornar o DLC um momento único para os jogadores, já que há a adição de algo tão esperado.
Esse novo equipamento pode ser usado em algumas das novas máquinas que devem ser caçadas, embora elas não sejam totalmente inventivas ou novas. Ainda assim, há um certo teor de novidade por se tratar de um cenário novo.
Conclusão
Não há muito mais o que falar de Burning Shores, até porque o grande foco aqui é na narrativa e na construção das relações humanas. O grande destaque é que o DLC preparou o terreno para o futuro de Horizon.
O conteúdo é rico, com muito a acrescentar e promete grandes surpresas para os fãs de Aloy e do mundo de Horizon.
Espero que, para o terceiro jogo, a Guerrilla Games siga pelo mesmo caminho, ao balancear o mundo distópico dominado por robôs com os dramas humanos.
Vale lembrar que Horizon Burning Shores está disponível exclusivamente para PlayStation 5 pelo preço sugerido de R$ 105.
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