Pesquisa Game Brasil aponta interesse de gamers em carreira no setor de jogos
A Pesquisa Game Brasil entrevistou mais de 14 mil brasileiros e compartilhou dados sobre diversidade, carreira, etnia e consumoBy - Jessica Pinheiro, 1 abril 2023 às 16:12
A Pesquisa Game Brasil (abreviada como PGB) compartilhou sua décima edição nesta semana, destacando o engajamento dos brasileiros com a indústria dos games.
De acordo com a nova pesquisa, 82,1% dos jogadores brasileiros consideram que jogar é uma de suas principais formas de diversão, sendo que 70,1% afirma jogar algum tipo de game. Em comparação com 2022, o dado apresenta uma queda de 4,4 pontos percentuais.
Ao todo, foram 14.825 pessoas entrevistadas em 26 estados e no Distrito Federal, durante o mês de janeiro de 2023. O estudo é desenvolvido pelo SX Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM.
Carreira no mundo dos games
Um dos dados mais relevantes mostrados pela PGB 2023 se refere ao mercado de trabalho. De acordo com o estudo, 58,3% dos jogadores brasileiros acreditam que o setor de games do país oferece boas oportunidades de carreira na área.
Apenas 15,5% não concordam com a afirmação, enquanto 17,5% são indiferentes. E dentre as áreas de trabalho que os gamers mais pensam em aderir está a criação de conteúdo de jogos (68,3%); seguida de publicação ou marketing com jogos (68%); programação de jogos (66%); efeitos visuais para jogos (65,7%); e arte, ilustração ou animação de jogos (65%).
Ecossistema em crescimento
Em paralelo, os eSports se tornaram um dos ecossistemas mais relevantes no Brasil, com reconhecimento de 82,9% dos gamers do país. A prática de esportes eletrônicos, porém, é exercida por apenas 48,8% deles.
Vale lembrar que nos eSports existe a arrecadação de dinheiro em forma de aposta. Embora 72,1% do público negue ter recebido dinheiro nesta modalidade, 14,2% afirmaram ter ganhado em apostas com amigos; e 13,6% fez isso em plataformas de apostas (sendo 8,6% participantes de competições amadoras).
Diversidade gamer
Diferentemente dos últimos anos, em que as mulheres dominavam o consumo de games principalmente por meio de smartphones; a 10ª edição do PGB mostra que os homens agora representam 53,8% do público, enquanto as mulheres são 46,2%.
Em relação à faixa etária, os dados ressaltam que não há idade certa para jogar. A maior parte do público possui entre 25 e 29 anos, representando 16,2%, enquanto os jovens de 20 a 24 anos são 15,1%.
Adultos de 30 a 34 anos compõem mais 16,1% dos jogadores brasileiros, e pessoas com 35 a 39 anos representam 15,5%. Gamers com 45 anos ou mais também estão inclusos, e somam 15,8%.
Já sobre a etnia dos gamers do Brasil, as informações continuam o que consta nas edições anteriores, com a maior parte do público sendo negra (54,1%). Os que afirmam ser pretos são 12,7%, e pardos representam 41,4%. Pessoas que se declaram brancas somam 42,2%.
Quando o assunto é classe social, grande parte dos gamers brasileiros pertence à classe média (B2, C1 e C2), somando 65,7%. Pessoas de classe média-alta (B1) são 11,7% desse público; e a classe A é composta de 12,3%. A base da pirâmide (classes D e E), representa 10,4%.
Pesquisa Game Brasil revela média de gastos dos gamers
A 10ª edição da PGB revela que 24,8% dos gamers afirmam ter gasto até R$ 100,00 com jogos em 2022, enquanto 29,2% dessas pessoas gastaram entre R$ 101,00 à R$ 500,00.
O valor entre R$ 501,00 até R$ 1.000,00 foi gasto por 12,7% gastaram, e 12,9% dos gamers gastaram mais de R$ 1.000,00. Há ainda um recorte de 20,4% que não gastou com jogos.
Isso não significa que esta última parcela não joga, mas sim, que aprecia a variedade de jogos gratuitos em plataformas digitais. Além disso, 39% dos gamers preferem consumir apenas jogos deste tipo.
Existem ainda outras atividades relacionadas ao consumo de videogames que merecem atenção, já que o público gamer brasileiro também dedica parte de seus gastos com outros formatos de conteúdo.
Isso inclui moedas virtuais (31,2%); expansões de jogos (29,6%) e itens de melhoria (27,5%). 31,8% afirmam não gastar com nenhuma opção. A grande maioria (42,8%) também não paga por serviços online como Xbox Game Pass (21,2%) e PlayStation Plus (20,6%).
Por fim, a respeito de produtos relacionados ao segmento, 37,6% dedicam seu dinheiro com camisetas/vestuário; 28,4% com objetos para casa e 20,5% com acessórios de moda, enquanto que 35,2% afirma não gastar com isso.
Ainda falando sobre gastos, a pesquisa revela que 29% dos gamers no Brasil possui uma renda familiar média de até R$ 2.424,00; e 29,3% declaram receber entre R$ 2.424,01 a R$ 4.848,00. Apenas 26,1% da amostra afirmou ganhar entre R$ 4.848,01 a R$ 12.120,00.
Plataformas de interesse
O celular foi considerado a plataforma favorita dos gamers no Brasil, com 51,7% de adesão. O dado representa um aumento de 3,4 pontos percentuais comparado à edição de 2022 do estudo (48,3%).
Os consoles domésticos, por sua vez, agora aparecem como a segunda plataforma favorita, com 20,5% de preferência do público. Já os PCs emplacam o terceiro lugar com 19,4% (incluindo desktops e notebooks).
A PGB 2023 indica ainda um equilíbrio entre gamers casuais e mais compromissados: 19,9% dos jogadores jogam de 2 a 4 horas na semana, e 18,8% investem de 8 a 20 horas de seu tempo com games ao longo de 7 dias.
Via: PGB
Comentários