Em meados de 2009, o iOS ganhou um competidor para o Instagram, chamado Hipstamatic. Mas isso era naquela época e agora…bom, o Hipstamatic está aqui, não “de volta” (ele nunca “morreu” de fato), mas se aproveitando da crescente frustração dos internautas com a rede social da Meta, ao melhor jeito “oi, sumida” que uma rede social pode ser.

Para quem não o conhece, o Hipstamatic era um app exclusivo de smartphones iOS que permitia, entre outras coisas, tirar fotografias com o uso de filtros que davam às imagens uma aparência analógica, como se os registros tivessem sido batidos com uma máquina fotográfica antiga.

Imagem mostra captura de tela de um perfil no Hipstamatic

Imagem: Hipstamatic/Reprodução

De lá para cá, o Hipstamatic caiu em popularidade e vinha lançando spin offs dele próprio. Agora, no entanto, ele volta com sua marca principal no intuito de se oferecer como uma opção viável e menos bagunçada que o Instagram, que vem já há alguns anos fugindo da concepção de “rede para compartilhar imagens” e se concentrando na promoção do Reels, a resposta da Meta ao TikTok e seus vídeos de curta duração.

A situação não é sem precedentes: como argumenta o TechCrunch, ao mudar seu foco para o Reels, o Instagram vem forçando usuários a seguirem criadores de conteúdo e marcas, alimentar o algoritmo com anúncios direcionados e obrigar você a ver conteúdos que não necessariamente você queira. A situação é tão indigesta que até a família Kardashian – que ganha muito dinheiro com o Instagram – criticou o app.

Paralelamente, o Hipstamatic se relançou com uma proposta simples: acompanhe seus amigos e o que eles – e apenas eles – compartilham.

O que isso significa em termos práticos? Bom, o Hipstamatic não tem publicidade, para começar. Não é fã de números grandes de “seguidores” e “seguindo”? O app limita a 99 pessoas para você seguir, no máximo. E dessas, apenas nove podem virar “amigos próximos” para os posts mais privados.

Ah, e zero vídeos. O cofundador da Hipstamatic LLC, a empresa por trás da aplicação, respondeu com “Absolutamente nunca!”, quando questionado se o app homônimo teria qualquer recurso em vídeo.

Imagem mostra filtros do Hipstamatic em uso

Imagem: Hipstamatic/Reprodução

No que tange aos filtros, o Hipstamatic disse que as centenas disponíveis no app não são designados para “polir” fotos, mas sim para torná-las mais criativas. Ou seja, o aplicativo usará reconhecimento e mapeamento facial com base em inteligência artificial para anexar um filtro bem inventivo ao seu rosto, fazendo coisas como dar à imagem uma apresentação similar às fotografias da década de 1980 ou coisas do gênero.

Em uma era onde estamos passando por um ressurgimento de tecnologias consideradas “retrô” – desde fones de ouvido cabeados até reprodução musical em discos de vinil – um app de fotos que se proponha apenas a compartilhar fotos pode ser bem o que você espera caso queira se desvencilhar de algoritmos, anúncios e campanhas forçadas de redes sociais.

Infelizmente para usuários do Android, o Hipstamatic pretende manter a sua exclusividade ao ser disponibilizado apenas para iPhones. Mais ainda, a empresa disse que ele “não irá, nunca” para o sistema operacional do Google.

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