A partir da próxima semana, o Discord entrará no rol de empresas que empregam o ChatGPT em seus serviços – especificamente, a empresa passará a usar a tecnologia da inteligência artificial (IA) criativa da OpenAI em seu chatbot, conhecido como “Clyde”, em um esforço para aprimorar práticas de moderação e uniformização de funções.

A IA já está presente no Discord em várias instâncias: as ofertas de sumários de servers, por exemplo, é feita pelo próprio Clyde. A ideia do novo projeto, no entanto, é expandir isso, permitindo ao chatbot responder a perguntas e levar conversas inteiras com os usuários da plataforma.

Imagem mostra o Clyde, chatbot do Discord, conversando com usuários

Imagem: Discord/Reprodução

Semana que vem, alguns donos de servers especialmente convidados poderão adicionar o Clyde aos seus servidores, habilitando-o a executar ações por meio de perguntas como encontrar GIFs específicos, recomendar trilhas sonoras ou pesquisar assuntos variados pela internet.

Posteriormente – presumindo que o chatbot aprimorado tenha ampla aceitação pelos usuários – o Discord deverá abri-lo para o uso aberto, liberando a ferramenta para toda a sua base.

Ao contrário do que o ChatGPT faz em outras plataformas, no entanto, haverá um limite para o que o Clyde poderá fazer no Discord: ele não poderá fazer nenhuma digitação autônoma por você. A ideia é trabalhá-lo como uma ferramenta intermediária de interação – imagine que você e um amigo estão discutindo sobre a data de lançamento de uma música, por exemplo. O Clyde poderá ser acionado em formato de pergunta para um “tira-teima”.

Segundo um e-mail enviado pela empresa ao The Verge:

“O Clyde está vivo no Discord há anos e anos, e nós sempre tivemos um interesse em descobrir como tornar a interação com ele mais inteligente, melhorada e divertida. Normalmente, você tem uma ideia de como fazer isso na perspectiva de um produto, mas isso lhe obriga a esperar que a tecnologia alcance a ideia, para que você possa entregar suas próprias expectativas.”

Mais além, o Discord reconhece que, apesar de cada vez mais aceito na tecnologia mainstream, o ChatGPT ainda é passível de muitos erros – sobretudo no que tange à desinformação. A empresa disse que emitirá um alerta a todos os usuários que aceitarem usar o Clyde em suas conversas, urgindo que não contem ao chatbot nenhum segredo ou contem com ele para aconselhamentos. “Mesmo com as devidas proteções instaladas, ele ainda pode não ser exato”.

E como um desencargo, o Discord afirmou que nenhum dado de usuário é coletado pelo uso do Clyde – seja nos testes ou quando o lançamento definitivo ocorrer.

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