[Review] Goat Simulator 3 consegue tornar a jogatina ainda mais caótica (e divertida)
Ao aliar a desordem característica da franquia com novos recursos, Goat Simulator 3 mostra-se uma ótima sequência do game originalBy - Igor Shimabukuro, 7 março 2023 às 17:27
O cômico (e caótico) GTA de cabras está de volta. Após quase 10 anos de espera, a Coffee Stain retomou sua aclamada franquia ao lançar Goat Simulator 3, que mantém toda a balbúrdia e desordem característica, mas em uma nova experiência ainda mais divertida.
Antes de tudo: calma, você não perdeu nada. Por mais que o título dê a entender que essa seja a terceira edição do game, na verdade, trata-se da primeira sequência do jogo original. Isso porque a desenvolvedora e publicadora simplesmente constatou que “3 é um número muito melhor do que 2” e resolveu pular a segunda edição. Sem mais nem menos.
Estratégias à parte, esta nova entrada de Goat Simulator chega com diversas novidades: novo mapa mais completo e robusto, missões novinhas em folha, recursos de interface e de mêcanicas inéditos, além de melhorias aos montes — incluindo em piadinhas e referências.
E como caos e cabras soam como uma combinação perfeita, o blog KaBuM! resolveu explorar esta nova aventura na pele do quadrúpede fofo e nada amigável. O parecer da gameplay de Goat Simulator 3 você confere abaixo.
O caos está de volta
Por mais difícil que seja acreditar, Goat Simulator 3 traz, sim, um contexto inicial. Talvez não grande o suficiente para ser enquadrado como uma história. Mas com informações e detalhes suficientes para apresentar a franquia aos players que não jogaram o título inicial.
Dito isso, a introdução dinâmica coloca o player — na pele da cabra Pilgor, é claro — dentro de um caminhão rodeado por outras cabras. Quem perceber, verá que a abertura trata-se de uma sátira do jogo The Elder Scrolls: Skyrim. Mas isso não será novidade, já que o game trará diversas outras referências e piadinhas.
Durante o trajeto, as demais cabras relatam sobre sua má reputação no game anterior, oriunda de muita bagunça em Goatville, Goat City Bay e até no espaço. Por conta disso, você, protagonista, foi capturado e enviado para uma nova região rural, chamada de Rancho Fairmeadows.
O enredo pode ser raso, mas não impacta em nada a experiência. Primeiro porque a franquia é conhecida por elementos aleatórios (e muitas vezes sem sentido, propositalmente). Logo, é possível que quaisquer outros enredos acabariam sendo bem-recebidos pela comunidade.
Segundo porque, a exemplo de GTA, o foco de Goat Simulator 3 continua sendo o caos. Nada de lores densas ao estilo Elden Ring: aqui, o objetivo será causar o maior estrago possível neste novo mapa. E se a bagunça for maior que a causada no primeiro game, melhor ainda.
Ainda assim, é possível destacar o cuidado da Coffee Stain em contextualizar essa nova sequência — mesmo que o segundo título tenha sido pulado.
Com grandes melhorias vêm grandes destruições
Sobre a gameplay, vale destacar que o conceito caótico da franquia segue a todo vapor em Goat Simulator 3, mas agora, com ainda mais diversão. Isso porque diversos recursos foram aprimorados ou incluídos in-game, o que, consequentemente, estende a jogatina nesta edição.
A começar pelo novo mapa sandbox, que é relativamente maior que o game anterior. Nele, o player vai se deparar com áreas rurais, regiões mais urbanas, cemitérios, montanhas, locais com lagos e riachos e outros biomas. Em suma, um bom campo exploratório.
E a chegada de uma área maior e mais completa traz duas outras novidades. A primeira é que o mapa agora indica todas as missões e eventos — falaremos mais sobre isso depois —, facilitando a vida dos jogadores.
Já a segunda novidade é a possibilidade de roubar e dirigir carros (à la GTA) que foi adicionada. O recurso não só facilita a locomoção pelo mapa, como também abre mais opções para causar no cenário, seja com atropelamentos de civis ou explosões malucas.
Caos à parte, os players de Goat Simulator 3 vão perceber que a jogatina será baseada em upar a Torre das Cabras, realizar as missões e executar as conquistas de instintos. E basicamente, todas esses eventos estão ligados entre si.
Ao realizar as missões, os jogadores conquistam pontos de Fama — utilizados para comprar novas cabras e acessórios — e progresso Illuminati na Torre das Cabras. São diversas as quests espalhadas pelo mapa, que vão desde construir veículos bizarros até rebocar casas com caminhão de guincho.
À medida que a Torre das Cabras é upada, as correntes do portão gigante vão sendo desbloqueadas e novas áreas e missões são liberadas. Por consequência, novas conquistas de instintos (que envolvem pequenas ou grandes comandos com a cabra) para conceder mais Fama são habilitadas.
A partir daí, fica a critério do player partir para um caos generalizado ou seguir focado nas missões e conquistas. Dizem as más línguas que aliar ambas as jornadas também pode ser uma ótima pedida.
Personalização e minigames complementam a jogatina
Mas é claro: Goat Simulator 3 não seria Goat Simulator se não trouxesse a já conhecida variedade de personalização. E é aqui que entra a importância dos pontos de Fama, que funcionam como as moedas do game para desbloquear novos itens cosméticos.
E opções não faltam. Cabras diferentes e skins de outros animais? Têm. Roupinhas fofas e engraçadas? Têm também. Mochilas e cosméticos para carregar nas costas? Disponíveis aos montes, junto de calçados, tipos de pelagem diferentes e até chifres personalizados.
Felizmente, há um outro recurso que pode tornar o jogo ainda mais divertido: o modo multiplayer. O game possui modalidade coop (online ou local) para até quatro jogadores. E aí vale optar entre uma gameplay caótica em grupo ou jogar minigames (sete ao todo) disponíveis apenas no modo multijogador.
Mas afinal, Goat Simulator 3 vale ou não a pena?
Caso tenha se divertido um bocado com o primeiro Goat Simulator de 2014, vale, sim, a pena. Mas caso o terceiro segundo jogo seja sua primeira experiência com a franquia, vale também.
Isso porque Goat Simulator 3 consegue aliar a jogatina freestyle de GTA, mas de uma forma bem mais divertida (e engraçada). Piadinhas e referências de games e outros elementos são vistos aos montes no game e garantem ainda mais risadas do que jogar na pele de uma cabra.
Além disso, a jogatina está muito mais intuitiva (com os novos indicadores de mapa) e completa (com a nova área mais extensa). Novos recursos como o de roubar carros trazem ao player ainda mais opções de destruição, que é o ponto forte do título.
A gameplay não é extensa, é verdade. Mas as horas gastas no PC, PlayStation 5 ou Xbox Series X|S serão garantias de diversão e boas gargalhadas.
*O game foi analisado por meio de uma cópia via Epic Games fornecida pela Coffee Stain.
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