Depois de assumir a liderança do Twitter e demitir mais de dois terços do seu capital humano, Elon Musk confirmou, em uma reunião com os seus funcionários, que a rede social de microblogs está aberta a novas contratações. No último mês, a plataforma com logotipo de passarinho foi de 7,5 mil para 2,5 mil empregados nos EUA.

Até ontem (22), Musk ainda estava promovendo desligamentos – a maior parte, do time de vendas do Twitter. A referida reunião também ocorreu nesta segunda-feira, com uma gravação parcial feita por dois funcionários, que não quiseram se identificar, enviada ao The Verge.

Elon Musk, que quer comprar o Twitter, tem ligação com a queda do Bitcoin

Foto: Daniel Oberhaus (2018)

Pelo site, Musk anunciou que as novas contratações serão voltadas justamente às áreas de vendas e engenharia, embora quais papéis, especificamente, ou quais cargos, não tenha sido informado. Vale citar que não há nenhuma vaga nova anunciada na página de carreiras da plataforma nem tampouco em seu perfil oficial no LinkedIn.

“Em termos de contratações prioritárias, eu diria que pessoas que são ótimas para escrever softwares serão as de maior prioridade.” – Elon Musk, CEO do Twitter

A reunião de ontem foi a primeira a ser realizada após o “e-mail hardcore” da semana passada: na noite última quinta-feira (17), Elon Musk compartilhou um e-mail geral à empresa, dizendo que funcionários teriam que escolher entre ir embora ou aceitar trabalharem em um regime “hardcore”, especificamente mencionando horas extras de dedicação e um ambiente mais rígido.

Considerando que Musk lhes deu uma escolha, cerca de mil pessoas optaram por deixar a empresa, o que levou alguns a especularem que o Twitter estaria perto de “morrer”. Paralelamente, redes como o Tribel Social, Mastodon e – no caso do Brasil – o Koo App gozaram de considerável aumento de usuários que decidiram adotá-los e abandonar de vez o “passarinho azul”.

Na mesma reunião, Musk afastou a possibilidade de tirar o Twitter da Califórnia, mas não rechaçou a ideia de criar uma segunda sede para a empresa no Texas:

“Se quisermos mover nosso quartel-general para o Texas, isso seria apelar à ideia de que o Twitter deixou de ser de esquerda para ser de direita, o que não é o caso. Isso não é uma ‘tomada da direita’ no Twitter, mas uma ‘tomada moderada’.”

Vale lembrar, foi exatamente isso que Musk fez na liderança da Tesla: a montadora de carros elétricos de luxo era sediada em Palo Alto, na Califórnia (mesma área onde estão nomes como SAP, Ford, HP e várias outras marcas famosas), mas desde dezembro de 2021, seu novo endereço é em Austin, no Texas. Falando nisso, a SpaceX (também liderada por Musk) fica no mesmo estado.

Finalmente, ao responder a uma pergunta de um dos funcionários, Musk disse que a nova gestão do Twitter “terá alguns erros”, mas espera que “as coisas se estabilizem com o tempo”. O novo CEO disse que “muito da tecnologia terá que ser refeito do zero” – algo que já o colocou em rota de colisão com seus próprios funcionários – e que ambiciona abrir times localizados em mercados de interesse, mencionando especificamente Japão, Índia, Indonésia e Brasil.

via The Verge

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