Meta anuncia demissão em massa de mais de 11 mil funcionários
Além de reduzir cerca de 13% da equipe, Meta vai congelar novas contratações até o primeiro trimestre do ano que vemBy - Igor Shimabukuro, 9 novembro 2022 às 12:28
Está definitivamente aberta a onda de demissões em massa feita por big techs. Depois do Twitter mandar embora mais de 3.500 funcionários na semana passada — e voltar atrás logo em seguida —, chegou a vez da Meta anunciar o desligamento de mais de 11 mil colaboradores.
O movimento foi anunciado pelo próprio CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em carta aberta divulgada nesta quarta-feira (9).
“Hoje [9] estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e dispensar mais de 11.000 de nossos talentosos funcionários”, disse o executivo.
Segundo Zuckerberg, a companhia fez um grande investimento durante a pandemia. Contudo, o cenário da época não se manteve até os dias de hoje e, com a “desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e perdas com anúncios”, a receita obtida foi muito menor que a esperada.
“Eu entendi errado e assumo a responsabilidade por isso”.
Ainda segundo o comunicado, os cortes vão contemplar toda a “família de apps” da Meta — no caso, Facebook, Instagram e WhatsApp —, além do Reality Labs. Contudo, é dito que algumas equipes serão mais afetadas que as outras.
Todos os funcionários demitidos já foram restringidos de acessar à maioria dos sistemas da Meta, em virtude da quantidade de informações confidenciais. Eles também vão receber um e-mail para “oficializar” os desligamentos.
Mais mudanças na Meta
Zuckerberg aproveitou a deixa para falar o que espera da Meta daqui pra frente: um ambiente business mais eficiente em termos de capital, com recursos alocados em áreas de alta prioridade (como o setor de IA), equipe reduzida e menos gastos com investimentos.
Mas fato é que a demissão em massa não será a única medida para atingir todos esses objetivos. Ainda no sentido de uma equipe mais enxuta, a empresa anunciou cortes de gastos discricionários e a extensão do congelamento de contratações até o primeiro trimestre do ano que vem.
Além disso, pessoas que passam a maior parte fora do escritório terão mesas compartilhadas. Também será feita uma revisão completa dos gastos com infraestrutura, embora o executivo aponte que ela ainda será um diferencial.
Demais medidas serão divulgadas em breve pela companhia. Mas o mercado já está em alerta, uma vez que Twitter e Meta não devem ser as únicas do segmento de tecnologia a anunciar demissões em massa.
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