Por enquanto, as perspectivas da startup de interface cérebro-computador implantáveis (BCI), Neuralink, vão permanecer distantes do mercado, apesar das repetidas reivindicações do CEO Elon Musk, de acordo com um reportagem da Reuters. Em 2022, após os testes levarem 1 500 animais à morte, a FDA rejeitou o pedido da empresa de neurotecnologia para aplicar os testes em humanos.

De acordo com os funcionários da empresa baseada na Califórnia, “as maiores preocupações da agência com a segurança envolveram a bateria de lítio do dispositivo; o potencial de migração dos minúsculos fios do implante para outras áreas do cérebro; e perguntas sobre se e como o dispositivo pode ser removido sem danificar o tecido cerebral”.

O órgão busca garantias de que as chances de falha do dispositivo com relação ao sistema de bateria e as novas capacidade de carga transdérmica sejam “muito improváveis”, visto que se isso ocorrer, a descarga elétrica ou energia térmica de uma embalagem rompida pode fritar o tecido ao redor.

Partes do implante podem ser mortais ao paciente

Em casos de remoção generalizada, seja para substituição ou atualizações, a FDA aponta que os cabos muito pequenos e delicados, que se estendem até o cérebro do paciente, podem quebrar durante a remoção (ou mesmo com uso regular) e depois migrar para outras partes da matéria cinzenta, onde podem ficar alojados em locais vitais.

Neuralink tem pedido negado para iniciar testes de implante cerebral em humanos

Elon Musk em apresentação da Neuralink. Imagem: Steve Jurvetson from Los Altos, USA, CC BY 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/2.0>, via Wikimedia Commons

Em novembro do ano passado, Elon Musk afirmou que estava confiante de que a empresa receberia a aprovação do governo “dentro de seis meses”. A estimativa apressada atraiu críticas de um dos funcionários da empresa. “Ele não consegue entender que isso não é um carro”, disse um deles à Reuters. “Este é o cérebro de uma pessoa”. Isso não é um brinquedo”.

A Neuralink não respondeu aos pedidos de comentários.

Neuralink sob investigação por maltrato de animais

Em dezembro, a USDA iniciou investigações por potenciais violações do bem-estar animal ligado a testes apressados da empresa cofundada por Musk. As alegações apontam que as mortes no início dos testes de implante cerebral foram desnecessárias, de acordo com a Reuters. Desde 2018, 1 500 animais foram mortos, de acordo a agência de notícias.

 

Com informações Engadget, CNET e Reuters

 

 

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