Em nome dos usuários do Facebook da Califórnia, uma ação judicial de classe foi apresentada em julho convocando Mark Zuckerberg a depor por seis horas sobre o escândalo da Cambridge Analytica, empresa britânica que coletou, sem consentimento, dados de 87 milhões de usuários em 2016, visando eleitores para campanha de Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos eleito naquele ano.

Cambridge Analytica: Corte convoca Zuckerberg a depor por 6 horas sobre o caso

Imagem: TY Lim/Shutterstock.com

Esta não é a primeira vez que o CEO da Meta, holding controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, é convocado para depor sobre a empresa de análise de dados, encerrada em 2018. No mesmo ano, um processo foi instaurado e Zuckerberg teve de fornecer provas sobre como a empresa lidou com os dados dos usuários após o escândalo, diante de uma audiência do comitê conjunto do Senado dos EUA.

Embora tenha apelado para mudança de nome em outubro de 2021 para tentar salvar a reputação, o processo continua a assombrá-la.

Cambridge Analytica: Corte convoca Zuckerberg a depor por 6 horas sobre o caso

Imagem: askarim/Shutterstock.com

A lista de convocados a depor inclui Zuckerberg; Sheryl Sandbergm, COO da Meta, convocada para um depoimento de cinco horas; Javier Olivan, que trabalha para a Meta há mais de 14 anos e já foi vice-presidente de crescimento entre 2011 e 2018 — o espanhol vai substituir Sandbergm, que anunciou a saída da holding em junho.

Os promotores também pretendem depor outros executivos do Facebook, considerados ‘testemunhas-chave’, para além de sete horas.

Facebook deve entregar 1.200 documentos privilegiados

O documento do processo ainda cita que o Facebook deve entregar 1.200 documentos, anteriormente detidos como privilegiados pela empresa.

Em 2019, após a queda da Cambridge Analytica, a Federal Trade Commission (FTC ou Comissão Federal do Comércio, em tradução livre) aplicou uma multa recorde de US$ 5 bilhões ao Facebook, o que abalou desde então a reputação da empresa em torno da privacidade dos usuários.

 

Via Business Insider

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