Antes mesmo de 1978, quando a Princesa Leia fez uma ilustre aparição holográfica em Star Wars, mentes aguçadas já estudam a possibilidade do uso da tecnologia para simular o teletransporte de pessoas. Várias técnicas já foram exploradas e algumas chamaram muita atenção.

Em 2012, em uma super produção holográfica, a imagem tridimensional do rapper Tupac Shakur – assassinado em 1996 – foi levada ao palco de um grande festival de música com realismo impressionante.

Agora, a bola da vez entre hologramas se traduz em uma espécie de cabine telefônica de teletransporte. A tecnologia permite que uma pessoa em um estúdio caseiro, em qualquer lugar do mundo, apareça em 3D em tamanho real e possa interagir ao vivo com outras pessoas – tudo pela internet.

Em uma demonstração da cabine, um investidor da empresa Portl foi “teletransportado” da sede da companhia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, para um apartamento em Tóquio, no Japão, para conversar com seu filho.

A tecnologia por trás do teletransporte digital

A cabine funciona no sistema plug-and-play, ou seja, basta conectá-la à tomada e a uma rede de internet, de preferência cabeada para melhor experiência; ainda que o dispositivo também funcione via rede 5G ou Wi-Fi.

Um sistema de microfone com alto-falante bidirecional está embutido em ambos os lados da cabine. Na parte superior, duas câmeras: enquanto uma captura a pessoa diretamente na frente do gabinete, outra oferece uma visão detalhada dos arredores.

teletransporte cabine holográfica

Imagem: divulgação

Do lado do apresentador, a pessoa que se “teletransporta”, é necessário um estúdio simples equipado com iluminação LED, um monitor de retorno exibindo a pessoa do outro lado da ligação, uma câmera 4K e um microfone.

A mágica do teletransporte

Claro, a empresa não revela totalmente o segredo para a qualidade que oferece na cabine holográfica. Basicamente, o gabinete é iluminado de uniforme com LEDs e projetado para capturar e exibir sombras (das paredes) e reflexos (do chão) – o que dá a impressão de real presença da pessoa do outro lado da conversa.

A empresa acredita usar a cabine em aplicações como desfiles de moda virtuais, exposições de arte, propaganda e também com a proposta de quem um instrutor (de qualquer coisa) pode ensinar suas habilidades como se estivesse ali, presencialmente, com os alunos.

Depois da tecnologia, o que pode desencorajar a rápida adoção do equipamento é o preço. A cabine holográfica custa a partir de 60 mil dólares, em conversão direta, quase 400 mil reais.

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