A pandemia de Covid-19 não só modificou as relações de trabalho, mas como também intensificou a vigilância, impulsionando a adesão de diversas tecnologias inteligentes, como implantação de body camera (câmeras corporais), câmeras com reconhecimento facial, drones, rastreamento de veículos e rotas, os quais estavam paralisados há 12 meses. De acordo com a Abese — Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, esse mercado cresceu durante o período 14%, 1% a mais que o ano anterior. Em 2022, a expectativa é de que essa porcentagem chegue a 18%.

Tecnologias da vigilância: reconhecimento facial, drones e câmeras corporais crescem 14% em 2021

Imagem: Trismegist San/Shutterstock

O levantamento inclui 33 mil empresas, mas apesar de empregar 2,5 milhões direta e indiretamente, o setor sofre com mão de obra não qualificada. A presidente da Abese, Selma Migliori, afirma que a adesão do consumidor pelas tecnologias de segurança eletrônica é notável. “Estamos caminhando para um ecossistema de cidades inteligentes e o crescimento do setor mostra isso. Contudo, ainda existem desafios a serem superados, como a falta de mão de obra. A oferta de vagas é tamanha que nós estamos ampliando nosso programa de qualificação profissional através da Academia Abese”, explica.

Um balanço anual inédito do setor de segurança eletrônica apontou que a categoria de monitoramento 24h próprio, composta por 13 mil responsáveis que vigiam 12 milhões de imóveis no Brasil, representa 17% das habitações possíveis que receberem a tecnologia.

Tecnologias da vigilância: reconhecimento facial, drones e câmeras corporais crescem 14% em 2021

Imagem: Matthew Henry/Unsplash

Portarias Remotas também é outro mercado em expansão: há mais de 600 mil empresas no território nacional oferecendo serviço para mais de 4 mil condomínios. “O cenário das portarias remotas ainda está concentrado nas regiões Sul e Sudeste. Apesar de relativamente nova, a tecnologia foi incorporada ao portfólio de empresas veteranas e convive com outros tipos de serviço, fora as franquias e empresas especializadas que surgiram, o que justifica o resultado”, detalha Selma Migliori.

O rastreamento de veículos e rotas também é outro segmento que cresce dentro das tecnologias de segurança em consequência da criminalidade. Considerado um dos mais promissores dentro do setor, a tecnologia permite o acompanhamento da trajetória do veículo para análise de estatísticas, como também manutenção e eventos de sinistro.

Dados atuais da Abese mostram que no mercado de rastreamento, 2 mil empresas atendem 2,5 milhões de veículos no país, ou seja, 5% de toda frota nacional.

 

Via Convergência Digital

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