O Spotify anunciou a estreia da segunda temporada de Paciente 63. A audiossérie, estrelada por Mel Lisboa e Seu Jorge, chega à plataforma em 8 de fevereiro, com um total de 10 episódios – mesmo número da primeira temporada.

O podcast ficcional, que chegou a vencer o Prêmio de Melhor Podcast de 2021 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), foi uma das primeiras produções do tipo a fazer parte da lista de originais do streaming. Abaixo, o trailer de lançamento do novo enredo:

 

Paciente 63 e a retomada das produções de ficção em áudio

Quem não se lembra da história sobre o fatídico 30 de outubro de 1938, quando marcianos invadiram a Terra e causaram pânico na população? A narração feita por Orson Welles, durante o programa de rádioteatro “The Mercury Theatre on the Air” na rádio CBS nos Estados Unidos, era apenas uma adaptação do livro Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, mas que ficou famosa justamente por trazer esse ar de veracidade ao áudio — apesar de ter um aviso no início da transmissão de que era apenas fictício, quem pegou o programa no meio se assustou.

O formato é predecessor do que muitos podcasts adotam hoje e que caiu no gosto de muitos ouvintes. Mas com a mudança de ser pensado para transmitir via streaming em vez da rádio — e é essa uma das grandes apostas do Spotify com suas produções originais, como no caso do Paciente 63.

O que esperar para a segunda temporada?

Para a segunda temporada, o ponto de partida é de onde terminou a história anteriormente: com os personagens voltando no tempo e entrando em um loop temporal, onde tudo o que acontece já aconteceu antes — ou depois.

A trama continua contando a história de Elisa Amaral, interpretada por Mel Lisboa, que acorda um dia, dez anos antes do seu tempo, em 2012. E o inimigo, no entanto, continua o mesmo: o vírus Pégaso.

Junto com a divulgação sobre a temporada 2, o Spotify liberou um episódio resumo de pouco mais de três minutos, com os principais acontecimentos para quem quer relembrar a história do começo – ou mesmo para quem tem pressa.

Spotify Studios

Apesar de ter recentemente anunciado o encerramento das operações do Spotify Studios nos Estados Unidos, o investimento em podcasts e produções originais tem sido uma aposta grande da plataforma. Podcasts, aliás, tem sido um formato bastante consumido por usuários no mundo e, em especial, no Brasil.

Para se ter ideia: um levantamento realizado pela Globo com a Ibope apontou que 57% dos consumidores passaram a ouvir podcasts no período entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021; ao passo que, entre 31% dos que já tinham o hábito de consumir esse tipo de conteúdo, intensificaram a escuta durante a pandemia. O Brasil figura como 5º maior consumidor de podcasts em termos globais.

Internacionalmente, até o ano passado, o Spotify lançou 76 novos podcasts Originais e Exclusivos (O&E). Além do Paciente 63, as produções brasileiras também contam com outros nomes de peso como Mano a Mano, programa de entrevistas encabeçada por Mano Brown.

O Paciente 63, aliás, é um dos principais podcasts da plataforma. A história é uma adaptação de Caso 63, criada pelo escritor e roteirista chileno Julio Rojas, que é o primeiro conteúdo original do Spotify de língua não-inglesa adaptado para diversos idiomas.

O Caso 63 é o podcast de ficção mais popular no serviço na América Latina e, no Brasil, o Paciente 63 se tornou o quarto podcast mais popular no Spotify na categoria Ficção, de acordo com a Parada de Podcasts — ranking feito pelo próprio streaming.

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