A gigante japonesa Sony registrou uma nova patente que sugere o uso de um “dispositivo intermediário” que, em tese, permite o acesso ao seu catálogo de jogos via cloud gaming em outras plataformas de streaming, como Netflix e YouTube. O material foi identificado pelo fórum online ResetEra.

De acordo com a documentação, a ideia é inserir esse dispositivo em uma smart TV, integrando-o à conta do usuário na plataforma de streaming desejada, para que esta plataforma lhe permita acessar o catálogo de jogos. Em outras palavras, uma ação parecida com o que faz o Apple TV ou o Chromecast, só que para jogos.

Imagem mostra o logotipo do PlayStation Now, o serviço de cloud gaming da Sony

Imagem: Sony/Reprodução

Atualmente, a Sony já conta com uma solução para fazer o streaming de jogos pela nuvem: a chamada PlayStation Now foi integrada como uma oferta da PlayStation Plus no primeiro semestre de 2022. O problema é que a PS Now, como é conhecida, não está disponível em todos os países – o Brasil, por exemplo, não tem o serviço.

Com base nisso, é fácil especular que o desenvolvimento de um dispositivo dedicado compensaria essa falta – de acordo com um levantamento produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro de 2022, o país conta com quase 70 milhões de residências equipadas com televisores inteligentes.

Evidentemente, isso não é evidência de que a Sony está em vias de criar algum produto do tipo. É comum para empresas do setor tecnológico idealizarem conceitos de novos dispositivos e registrarem suas patentes apenas para fins de proteção de direitos autorais caso alguma concorrente resolva produzir algo do mesmo gênero, ou mesmo a prática do placeholder, que em termos bem simplificados, é a versão corporativa do “só pra ter” para o caso de um dia o dono da patente resolver fazer algo.

Há também que se considerar o fato de como as empresas que receberiam o serviço trabalhariam a ideia: a Netflix, por exemplo, já conta com um catálogo próprio de jogos dentro de sua plataforma – permitir o acesso de uma biblioteca terceirizada de títulos em sua estrutura pode ser encarado ao mesmo tempo como parceria ou como concorrência.

Ou seja, não bastaria criar o dispositivo, mas também fazer com que empresas do setor o abraçassem.

Devido à sua política corporativa de não comentar rumores envolvendo a marca, a Sony manteve-se em silêncio em relação aos rumores.

via ResetEra

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