Embora seja comumente associado a impactos graves à democracia de diversos países – graças à distribuição indiscriminada de fake news –, o Facebook parece estar fazendo a coisa certa para ajudar parte da população afegã mais propensa a se tornar alvo de violência dos integrantes do Talibã.

A rede social liberou uma série de ferramentas que não só dificulta a perseguição digital na plataforma, como também permite aos usuários do país bloquearem completamente suas contas – escondendo suas pegadas virtuais.

Facebook de olho no Afeganistão

Tudo indica que o Facebook realmente quer colaborar com a situação atual do Afeganistão, que viu o Talibã voltar ao poder após a retirada das forças norte-americanas do local e agora enfrenta uma onda de violência e perseguição política e religiosa.

A novidade humanitária foi compartilhada no Twitter por Nathaniel Gleicher, o chefe de política de segurança da rede de Mark Zuckerberg. Nas postagens, o executivo disse que a empresa está acompanhando os “eventos trágicos se desdobrando no Afeganistão” e está fazendo de tudo para ajudar as pessoas a se manterem seguras.

Uma das principais ações nesse sentido é a adição de um novo botão que, com apenas um clique, bloqueia completamente a conta da pessoa, impedindo que terceiros baixem imagens ou vejam as publicações em seu perfil.

Facebook cria ferramenta para ajudar afegãos perseguidos pelo Talibã

Reprodução: Facebook

Outra medida tomada pelo Facebook no país foi restringir temporariamente a função de buscar por usuários na lista de amigos de internautas locais, um recurso que Gleicher recomenda que pessoas fora do Afeganistão façam caso tenham colegas ou parentes ainda no país.

Resposta rápida

A decisão do Facebook de agir ativamente no cenário atual do Afeganistão parece ser uma resposta a episódios lamentáveis que ocorreram nesses últimos dias, quando membros do Talibã utilizaram informações de redes sociais para localizar possíveis opositores.

Segundo reportagem do G1, o grupo extremista assassinou o parente de um repórter da Deutsche Welle (DW) e tem uma lista com nomes de pessoas que trabalharam para o governo afegão, cidadãos americanos e jornalistas que operavam no país.

Fonte: Cnet

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