Dentre os 20 países mais bem preparados para responder a ameaças de cibersegurança no mundo, o Brasil ocupou o 18º lugar no padrão criado pelo MIT Technology Review. A Austrália, Holanda e Coreia do Sul lideram o ranking global. A pesquisa foi conduzida durante os meses de abril e setembro.

O padrão criado em parceria com a iniciativa privada classifica com base em um conjunto de indicadores, que leva em consideração a qualidade da adoção de tecnologia e práticas digitais na resiliência contra ataques cibernéticos, bem como a qualidade das estruturas para transações digitais seguras.

Além de incluir no sistema de pontuação as informações secundárias, referentes às políticas nacionais e dados regulatórios (“pesquisa e análise secundárias aprofundadas”), dados primários de pesquisa como o Índice Global de Segurança Cibernética da ONU e conhecimento de profissionais globais de segurança cibernética, desenvolvimento de tecnologia, analistas e formuladores de políticas do setor, também foram fatores considerados.

Entretanto, a pontuação dada a cada país não contou as violações de dados relatadas, como os casos verificados no território da primeira colocada, a Austrália, que conquistou 7,83 pontos. Em setembro, a segunda operadora de telefonia do país sofreu um ataque cibernético. Este mês, dados de 10 milhões de clientes do provedor de saúde australiano Medibank foram copiados por um grupo de ransomware.

A pontuação da Austrália, todavia, “reflete seus esforços para tornar a infraestrutura digital robusta amplamente disponível”, diz o relatório. “O governo australiano está aplicando ferramentas digitais e estruturas regulatórias para proteger dados pessoais e transações digitais. Comprometeu-se com uma revisão das leis de segurança cibernética, comprometendo-se a arquivar um roteiro anterior. A urgência pública aumentou após o recente invasão à Optus.”

Entre os últimos: Brasil é um dos menos preparados para combater ameaças de segurança cibernética

Imagem: Reprodução/MIT Technology Review

Holanda e Coreia do Sul aparecem logo em seguida, mas com pouca diferença separando-as entre posições no ranking. Entre a líder e a terceira colocada, por exemplo, a variação é de apenas 0,42 pontos. Completam o top 10, Reino Unido, França, Japão e Suíça, respectivamente. Brasil, Turquia e Indonésia, embora no grupo dos ‘empenhados’, foram os últimos da lista caracterizados com lentidão e progresso desalinhado ou falta de compromisso em criar um ambiente de defesa cibernética.

Os fatores acima também foram considerados, bem como a observação ao campo da legislação em privacidade de dados e outros pontos, embora as pontuações tenham classificado as nações pela robustez percebida e segurança relativa da infraestrutura crítica.

Entre os últimos: Brasil é um dos menos preparados para combater ameaças de segurança cibernética

Imagem: Reprodução/MIT Technology Review

Segundo o relatório, países como Alemanha – com baixa adoção de segurança em pequenas e médias empresas (PMEs), lenta entrega de serviços digitais e escassez de talentos em TI — foram impactadas pela posição no ranking. Ao revelar uma das pontuações de e-participação mais baixas da Europa, a Alemanha despencou para o 13º lugar da lista.

A disposição de governos em usar IA para entregar serviços públicos foi outro ponto considerado na avaliação. As classificações foram divididas em quatro categorias, que receberam pesos para obter a pontuação final de cada país: infraestrutura crítica (30% da pontuação), recursos de segurança cibernética (35%), capacidade organizacional (20%) e compromisso político (15%).

O relatório do MIT pode ser acessado na íntegra pelo link.

 

Via Ciso Advisor

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