Quem está habituado a perder coisas já sabe da utilidade que tem a AirTag da Apple: o pequeno dispositivo, do tamanho de um chaveiro, serve para ser acoplado a qualquer item de sua escolha que, uma vez perdido, pode ser procurado por meio de uma interface dedicada no iPhone, que vai guiá-lo até a posição do objeto. Isso vale para toda a sorte de item, aliás: há casos de AirTags sendo acopladas a carros, chaveiros, pacotes do correio além, claro, de smartphones e, infelizmente, perseguições.

O problema: a AirTag é cara. Aqui no Brasil, a Apple vende uma unidade por R$ 369, e um kit com quatro unidades sai por R$ 1.249. Mas como tudo o mais que pesa no seu bolso, a China conta com uma solução de quaaaaaase igual capacidade, por bem menos.

‘AirTag’ caseira feita na China funciona (quase) tão bem quanto a original, mas custa bem menos
‘AirTag’ caseira feita na China funciona (quase) tão bem quanto a original, mas custa bem menos

O produto não tem nome e, até onde conseguimos pesquisar, não há uma autoria atribuída: trata-se de um projeto caseiro que vem comumente sendo referido desta forma – “AirTag Caseira” – e ela custa cerca de 30 renmimbi (RMB) – o que dá R$ 20,06 pela cotação de hoje (2).

Segundo o perfil “@DuanRui” no X/Twitter, o produto tem quase todas as atribuições da AirTag original, oferecendo a posição dos objetos aos quais ela é acoplada, além de uma interface bastante parecida com aquela vista nos iPhones.

A única diferença: a AirTag original tem suporte a um recurso chamado ”UWB” – sigla em inglês para “banda ultralarga”. Tal função permite que o acessório da “Maçã” não apenas identifique a posição exata do objeto perdido, como também ofereça direcionamento em tempo real de sua localização até a dele, tal qual um GPS. Usuários de iPhone reconhecerão isso pelo seu nome mais pomposo: “Precision Finding”, algo presente no iPhone 11 e modelos posteriores.

A versão caseira do acessório não suporta a UWB, então se você conta com essa parte de navegação, a novidade não vai lhe servir.

Imagem mostra a interface de usuário da AirTag caseira da China em um smartphone

Imagem, DuanRui, via Twitter

Fora isso, no entanto, os recursos oferecidos pela AirTag caseira são praticamente iguais aos da original da Apple. E, dependendo de como você encarar a situação, há também uma vantagem: elegantes como elas são, as tags originais são bem óbvias – brancas, gordinhas e com o símbolo da empresa de Cupertino impresso bem ao centro, elas são fáceis de serem identificadas e, claro, arrancadas.

A versão chinesa, no entanto, está longe de ter um design refinado. Ser o “patinho feio” das tags, no entanto, pode trabalhar a seu favor aqui, já que dificilmente alguém suspeitaria desse acessório primeiro, o que deve dar uma sobrevida ao processo de rastreio em, digamos, casos de roubo.

Seja pela original ou pela…bem…variante, essa é uma boa hora para sempre ressaltar: se algum objeto “tagueado” seu foi roubado ou furtado, leve a localização dele às autoridades policiais. Nada de sair perseguindo bandidos por conta própria – a gente não é o John Wick, ok?

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